Faz parte dos passeios de Domingo ir comer algures pelo Ribatejo. Faz parte, também, da tradição passar pela Quinta da Alorna e trazer alguns vinhos. Principalmente brancos.
Este Reserva feito com Arinto (que fermenta em cubas) e Chardonnay (que fermenta em barricas novas de carvalho francês) lança fruta gorda (agora que descobri esta, não quero outra coisa) mas encharcada pela água. Melão e meloa, maçã e pêra. Percebia-se que a erva, ou relva (dependendo do ponto de vista), marcava presença. Aliás, saudei os ares vegetais que iram circulando pela cara.
A madeira está suave. Não revelou qualquer ensejo para dominar a trupe. Deu-lhe, acima de tudo, um pouco de untuosidade e de gordura. Apenas deixava no ar meia dúzia de sensações a mel, a frutos secos e a chocolate branco ou a outra coisa qualquer. Junta-se mais um pouco de anis (pareceu-me) e já está.Um conjunto de aromas leves, de fácil empatia e adequados ao calor.
O sabor era jovial. Sem grandes modas, via-se que dava prazer. Tudo certo e sem desvios. Sentiam-se, e ainda bem, algumas sensações citrinas, com domínio para a laranja e a tangerina (Estarei novamente a inventar?). O final trazia agarrado a si um misto de frutos secos.
Um vinho que vale pelo equilíbrio, que vale pela coerência que tem. Uma combinação feliz entre duas castas. Uma de cá, outra de lá. É certamente um branco para ser desfrutado jovem, muito jovem. Nota Pessoal: 15,5
Comentários
Tem-me sabido muito, muito bem!
Este vinho, o que lhe confere uma boa estrutura é principalmente o Chardonnay que teve descanso em barrica... Muito Bom
abraços
Por acaso, e se a memória não me falha, acho que nunca toquei no Herdade dos Grous Br.
Um abraço
Abraços