Apresentou-se com discretas sensações petroladas. Durante alguns minutos, os cheiros a combustível e cabeça de fósforo tentaram dominar o que ia saindo do copo. Foi aliviando através de uns quantos fardos de erva. Fresca e seca. Era curiosa a associação entre os dois estados de maturação da erva. Não havia, aparentemente, predomínio de nenhum deles. Manteve-se, assim, um bom bocado. É sabido, pela minha trupe, a tendência (que tenho) para apreciar aromas secos e vegetais.
Ao longo da prova surgiram, por todo o lado, aromas a fruta ácida, de aspecto verde. Temperada por um pouco de hortelã e refrescada, ainda mais, por cheiros a pedra molhada e perfumada por um imaginativo toque floral que fazia lembrar flores rasteiras.
Um branco (Arinto, Fernão Pires e Roupeiro) ponderado, com uma boa dose de austeridade, e com um bom nível de complexidade. Permite que seja bebido sem qualquer tédio. Resta, agora, esperar pela Colheita de 2008. Nota Pessoal: 15
O pior (para mim) surgiu na fase terminal. Assomou-se um perigoso conjunto de odores a melaço e a polpa de fruta madura, que tentavam incomodar. Apesar de ter ficado um pouco mais pesado, conseguiu não perder aquele ar vegetal que tinha.
Na boca, os sabores revelaram-se cordatos, amparados por uma acidez bem integrada, dando ao vinho um ar mais crocante. Trincavam-se pedaços de maçã, pêra e escorria lima e limão.Um branco (Arinto, Fernão Pires e Roupeiro) ponderado, com uma boa dose de austeridade, e com um bom nível de complexidade. Permite que seja bebido sem qualquer tédio. Resta, agora, esperar pela Colheita de 2008. Nota Pessoal: 15
Post Scriptum: Vinho enviado pelo Produtor.
Comentários
Abraço e vive la resistence.
PS- A presença da "querosene" foi mais visível na segunda garrafa.
Humm... Não estou a ver o que o vinho tem haver com um site feminino?
Abraços Pingus
Eu aconselho-te a visitares o blog desta querida e atenciosa senhora...
Abraços,
Joel Carvalho