O título foi colocado propositadamente. A ideia era torná-lo num chamariz, numa estratégia de marketing barata.
Não sendo versado em estratégias comerciais, sei que meia dúzia de termos bombásticos trazem mais gente à loja. Sempre compram qualquer coisa.
Não sendo versado em estratégias comerciais, sei que meia dúzia de termos bombásticos trazem mais gente à loja. Sempre compram qualquer coisa.
Quem veio, até aqui, com a ideia de descobrir teorias, mais ou menos descabidas, sobre vida extra-terra irá sentir-se ludibriado. Rapidamente verificará que as letras expostas no écran nada dizem sobre acontecimentos alienígenas.
O letreiro, colocado lá no alto demonstra, apenas, o desconhecimento que existe sobre os vinhos Algarvios e Madeirenses. Relativamente aos primeiros a experiência resume-se à Quinta do Barranco Longo. Recordo com um leve sorriso, a celeuma que houve, na altura, por causa do baptismo que fiz. Chamei-lhes vinhos da praia. Na altura, o Pingas no Copo gatinhava de forma muito acanhada. Nos segundos a ausência de conhecimento é demasiado grande para gritar qualquer coisa.
O letreiro, colocado lá no alto demonstra, apenas, o desconhecimento que existe sobre os vinhos Algarvios e Madeirenses. Relativamente aos primeiros a experiência resume-se à Quinta do Barranco Longo. Recordo com um leve sorriso, a celeuma que houve, na altura, por causa do baptismo que fiz. Chamei-lhes vinhos da praia. Na altura, o Pingas no Copo gatinhava de forma muito acanhada. Nos segundos a ausência de conhecimento é demasiado grande para gritar qualquer coisa.
Por tudo isto, não tive qualquer pudor em apelidar de outros mundos vinhos germinados em terras de aparência mais ou menos exótica.
O trago inicial veio recambiado do Algarve. Quinta do Francês 2007. Um vinho compacto, que revelou vivacidade suficiente para dar luta. Demonstrou algumas habilidades curiosas. Tendencialmente vegetal. Sensações a vagem, a árvore. Algum cacau amargo e café.
O sabor pareceu-me menos conseguido. Talvez resultado da sua juventude (quem sabe). Acidez e taninos ariscos, um pouco soltos. O corpo parecia não ter cabedal para acompanhar o ritmo. Merece, para já, descansar. Nota Pessoal: 14,5O outro cujo (Primeira Paixão Verdelho 2008) navegou até ao meu copo vindo da Ilha de Alberto João. Um puro Verdelho. Um vinho fino e desafiador. Empanturrado de aromas e sabores vegetais. A escolha era diversa e quase sem limite. A fruta (presente) não tinha qualquer tique de protagonismo exacerbado. Acidez cortante. Seco, salgado. E mais não digo. Que se lixe. Nota Pessoal: 16,5
Post Scriptum: Ambos os vinhos foram enviados pelos Produtores.
Comentários
ehehe
a ver se neste ECV levo uma garrafitas para mostrar algo do que por cá se faz.
Concordo plenamente com a nota de prova... E o preço dele não é assustador.
Abraços
Raul Carvalho
Abraços
É claro que a percepção é diferente de pessoa para pessoa. É uma "Verdade de La Palisse". :)
Abraços e boas provas
Abraços
Não se confunda a percepção de um aroma com a intensidade do mesmo, se bem que estão as duas interligadas entre si.
Com uma apreciação destas como se chega à nota de 16,5?
Mas tudo bem !, peço desculpa, não voltarei a faze-lo.
Depois, quando digo a expressão "que se lixe, é porque não quero dizer mais nada. Transmite emoção, paixão e prazer (se bem que já a utilizei em situações em que não tive).
Quem me conhece sabe, ou desconfia, do estilo de coisas que gosto e neste caso o vinho em causa veio ao encontro de sensações que aprecio.
Nota 16,5. Bom podia ser outra nota qualquer, se o provador fosse outro. Pessoalmente representa um vinho que gostei francamente, que não me importava de ter na garrafeira e que lhe reconheci qualidade. Para quem me conhece entenderá melhor este olhar.
Sobre os anónimos, como deve perceber é recorrente o Pingas no Copo ser assaltado por essa trupe (que deve ter andar muito desocupada).
Cordialmente
Rui Miguel Moreira Massa
Pingus, para mim estás em alta!!! Sigo sempre o teu blog.
Continua, porque tens sempre alguém do lado de cá sempre pronto para ler, com alta disposição, os teus posts.
Forte abraço.
Abraço e boas provas...
Fiquei curioso quanto a esse "Primeira Paixão", mas ainda não o vi à venda em lado nenhum.
Curioso ainda que "ácido, seco, salgado" sejam descritores capazes de assentar como uma luva a uma casta de nome parecido, tanto que às vezes gera confusões, mas que não é a mesma. Estou a falar, claro está, do Verdejo aqui do país ao lado.
Afinidades?
Quanto ao resto, também sou dos que acham que uma nota de prova mínima pode ser reveladora o suficiente, mesmo para quem não conhece o autor. Vejam-se as da Jancis no FT (não sei se ainda lá escreve).