Yvon & Pascal Tabordet Pouilly-Fumé


Uma vez arrisquei, neste pasquim, dizer que não conhecia determinado tipo (apercebi-me, mais tarde, que era qualquer coisa de muito importante no meio). Como devem imaginar, o rolo de enxovalhos foi enorme. Provavelmente teriam razão. Seria, no entanto, hipócrita se escondesse o défice de conhecimento enófilo em determinadas áreas. É que nada está concluido, encerrado ou terminado. Irei, tenha forças, prosseguir desta forma.

Terminado o palavreado e ainda a sofrer dos males que padeci, resultado do Festival Côtes du Rhône, durante alguns dias, andei a pedinchar, por todos os lados, vinhos de outras bandas. Como resultado desses incitamentos, apanhei numa prateleria um Pouilly-Fumé de 2008 que não conhecia. O rótulo, francamente, não diz nada. A sua escolha foi aleatória e sem qualquer juízo de valor.

O vinho apresentou uma generosa carga de aromas vegetais. Erva, relva, musgo. Bem encharcado ou alagado, como preferirem. A fruta, que aportou, parecia possuir cariz citrino. Limão, laranja, lima, tangerina. Um aglomerado ácido e sem exostismos da moda. Cristalino.
O sabor era, e ainda bem, herbáceo. Comportamento refrescante, revelando uma forte componente mineral. Polido e afinado. O desfecho foi tendencialmente citrino.
Olhando para preço (13€), estou certo que este Yvon & Pascal Tabordet não seja coisa extraordinária, mas o porvento pessoal foi francamente positivo e, em última análise, é o que interessa. Certo? Nota Pessoal: 16

Comentários