Um produtor Douro Superior
A partir da informação disponibilizada sabe-se que estamos perante um cenário de 50 hectares de vinhas plantadas depois de 2004, com 50% de Touriga Nacional, 20% de Touriga Francesa, 8% de Tinta Roriz, 8% Tinta Barroca, 8% Sousão, 6% diversos.
Fruta madura, suculenta e escorreita, surgiu bem misturada com a madeira. O chocolate e tosta deram-lhe um certo cunho jovem e consensual.
Paladar guloso, fresco e curiosamente mentolado. É daqueles que se vai engolindo sem demoras e sem darmos por isso. Gole atrás de gole desapareceu do vasilhame num ápice.
A partir da informação disponibilizada sabe-se que estamos perante um cenário de 50 hectares de vinhas plantadas depois de 2004, com 50% de Touriga Nacional, 20% de Touriga Francesa, 8% de Tinta Roriz, 8% Tinta Barroca, 8% Sousão, 6% diversos.
Prevê-se ainda a implementação de dois projectos para novas plantações: 16ha de tintos na Quinta de Valle d’Arcos, nas margens do Douro em Moncorvo, e 20ha de brancos na Quinta das Trigueira no planalto de Vila Flor. O centro de vinificação encontra-se na Quinta da Peça, em Vila Flor.
A Adega tem uma capacidade de produção de cerca de 300.000 litros e encontra-se dividida em 3 áreas principais: área de vinificação, com 2 lagares de granito e cubas de fermentação em inox; cave de envelhecimento de vinhos em barrica e balseiros; área de expedição de produto acabado. A enologia é da responsabilidade de Luis Soares Duarte.
Resta-me agora traçar algumas considerações sobre os vinhos.
Descasquemos o Colheita 2007. Um tinto de fácil empatia e trato acessível. Era o que era. Serviu, e bem, para distrair durante o entardecer, acompanhando umas grosseiras rodelas de chouriça e paio. Sem requintes e etiquetas obscuras. Simplesmente mão, pão e copo de vinho.Fruta madura, suculenta e escorreita, surgiu bem misturada com a madeira. O chocolate e tosta deram-lhe um certo cunho jovem e consensual.
Paladar guloso, fresco e curiosamente mentolado. É daqueles que se vai engolindo sem demoras e sem darmos por isso. Gole atrás de gole desapareceu do vasilhame num ápice.
Encerremos a diária com o Reserva 2007. Um Douro da minha infância, da terra alaranjada, da esteva, da figueira, da laranjeira e da amêndoa. Um Douro vegetal, rude e monolítico.
Que tormento era ir de Foz Côa a Espada à Cinta. Curvas do tamanho do mundo. Extensões limitadas, viagens eternas.
Que tormento era ir de Foz Côa a Espada à Cinta. Curvas do tamanho do mundo. Extensões limitadas, viagens eternas.
O que vivi enquanto puto naquelas arribas. As passeatas no macho do Júlio até ao amendoal. O barbo assado na orla do rio.
No meio destes desvairos, quase que desprezava o vinho.
Cheiros e sabores carregados de fruta, aromatizados por flores. Eucalipto e especiarias. Assombrosa percepção vegetal. Simplesmente a natureza pura e dura, sem efeitos ou decorações supérfluas. Pungente e altivo, a indiciar longa vida.
Post Scriptum: Os vinhos foram enviados pelo Produtor.
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