Vem da Beira Baixa, Cebolais de Cima, de uma região com fraca tradição vitivinícola, o que torna este pequeno projecto, fundado no ano de 2002, numa peleja desafiante, tal é a ordem de contrariedades, com a falta de reconhecimento da região, por parte do consumidor, a tomar a dianteira.
Escolheram-se as uvas das castas Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz que foram fincadas, seguindo os preceitos da agricultura biológica, numa única parcela de vinha (1,5 ha) assente em solos de encosta, xistosos e com exposição a Sul.
O vinho, com um nome a orientar-nos para regiões junto à fronteira portucalense-castelhana, mostra carácter franco, descomplicado e aprazível. É limpo e, se me permitem o abuso, cristalino. A fruta apresenta-se sem máscaras e sem artefactos. Oferece-nos, simplesmente a natureza. Madeira bem enfiada, sem sobreposições. É um vinho de vida, para a vida e para ser vivido. Tudo apresentado de forma tão simples e verdadeira.
Ao fim ao cabo são estes pequenos achados que vão animando, por momentos, esta enfadada enofilia. São o resultado da abnegação de uma mão cheia de ideólogos que vão criando vinhos em lugares mais ou menos obscuros, longe da vista de todos nós. Ainda bem que o sonho comanda a vida. Ainda bem!
Post Scriptum: Vinho enviado pelo Produtor.
Comentários
Cebolais de Cima, é a terra do meu avô... que depois "emigrou" para a zona de Belmonte, ali bem perto da Quinta dos Termos... Este vinho deduzo eu, que só estará disponivel nas garrafeiras, certo?
Forte Abraço,
Pedro Almeida
Forte abraço
Muito bem. Vale a pena vir aqui e sair sempre dos mesmos nomes.
Abr
"Alguns locais" é onde? Obrigado.
Abr.,
An
PS: Viu-o num wine-bar... nada mais!
Mas posso perguntar por garrafeiras.
Um abraço