Hum...o dedo martela na tecla: tac, tec, tac, tec. O que devo palrar? Tac, tec, tac, tec. Faço um descritor? Tac, tec, tac, tec. Vou largar conhecimento, douto por sinal, ou simplesmente continuo a comportar-me com agente publicitário? Hum...fico, por vezes, com a ideia que rondam, muito perto, uns estranhos tiques de marketeer ou, como disse, publicitário nada encartado. Em troca de vinho, grátis, digo bem dele. Quando não gosto, uso pimenta doce e meias palavras. É um circuito directo, sem intermediários, sem outros intervenientes. Uma linha recta e sem desvios.
Já viram o que se poupa neste processo de divulgação? Feitas as contas, temos apenas uma botelha, a embalagem e os portes, a pagar, de preferência, pelo remetente. Do outro lado da linha, está sempre um individuo, muito disponível, para receber o produto, avaliá-lo de forma muito independente e íntegra. É claro, que o destino final é consumir o tal produto, sozinho ou, de preferência, com uns amigos. Basta, depois, debitar duas ou três linhas e chancelar com uma nota. Existe processo mais ligeiro que este?
Comentários
Até o Pingas? Não percebi :)
Dá gosto ler o que escreves. Dá gosto perceber que pensas. Dá gosto observar a simplicidade e humildade do teu discurso. Dá gosto ver o poder de desconstrução e a capacidade de te pores inclusivamente em cheque.
Homem… tu és grande!
Abraço
Porque não compras umas garrafas para escrever sobre vinho. Falares sobre nada não interessa.
Vai ao PD (salvo publicidade) e compra Ilógico, Altano, Encostas d'Alqueva,.....todos eles abaixo dos € 2. São menos uns cafés que bebes.
Sem querer de forma alguma ser indelicado, até porque já por diversas vezes manifestei o meu apreço pela “forma” quase poética com que nos brindas com os teus artigos, não posso deixar de aludir esta simples reflexão.
A quem interessa esta dita desconstrução, quando feita em praça pública? À dita inocência e à candura de outros tempos? Aos visitantes dos blog´s que buscam opiniões sobre os vinhos que publicamos? Aqueles que de uma forma ou de outra não passam de meros espectadores na esperança que o circo pegue fogo? Ao legítimo EGO de cada um? A QUEM?
Abraço.
A mim, serve e interessa fazer essa desconstrução como aludi no principio deste ano. Parece-me, no entanto, que estou a falhar no meu propósito.
Depois, e o que está em jogo é fracturante, é que eu acho que devemos falar em público, porque seria sinal de enorme maturidade. Sem medos, mas tudo se joga, tristemente, numa lógica de ataque pessoal, e não no campo das ideias. Infelizmente!
Sabes Rui, parece-me, segundo o mainstream blogger estou errado. Sou ave que canta outra música. É Melhor? Decerto que não!
Agora, sobre o texto, coisa simples, éfemera, é no fundo uma parábola sobre o que fazemos...eu incluido. Não é?
Abraço
Rui, grande abraço (está tudo bem convosco?)
A minha opinião pessoal é que vale a pena discutir em praça pública sim, pois, se existe um movimento (e não estou a afirmar que exista) é de todo o interesse que seja discutido abertamente. Os argumentos que aqui possam ser apresentados só o podem fortalecer e ajudar a hierarquizar.
Tenho a forte convicção de que os produtores, mais cedo ou mais tarde serão obrigados a conhecer a net e a forma correcta de aqui andar. Aí, by by amostras em catadupa para tudo o que mexa.
Esta discussão é “antiga” e sei, por experiência que a resistência costuma ser forte. Aprendi a respeitar opiniões, mas, tal como diz Gary V no seu mais recente livro (que por sinal é novamente brilhante), não basta andar por aqui para se afirmar que se está a fazer trabalho de promoção.
Miguel, não costumo referenciar pessoas, mas estou a gostar do que andas a fazer ultimamente. Continua assim, sem vacilar!
Quanto a propostas de vinho Rui, sugiro uma visita ao Eleclerc e Intermarché para veres a parafernália de vinhos interessantes a bom preço.
Cumprimentos!
Eu estou de baixa a grandes conversas sobre vinho, mas isso não quer dizer que não trabalhe... bebo!
Abr.,
An
Elias