Sei a resposta, no íntimo já sabia, de onde e como irrompeu a minha paixão e dedicação aos vinhos do Dão. Não por serem os melhores vinhos do mundo e de Portugal, que não o são e custosamente o serão, algum dia. De onde deriva esta relação? Simples, estranhamente simples. Tudo por causa de uma mulher, de cabelo louro, que nasceu antes dos meados do século passado. A ela, devo-lhe o conhecimento do Dão, da Beira Alta e da conservação de parte das minhas raízes.
Por causa dela, sei onde ficavam e ficam algumas vinhas, conheci parte da história do enclave, das casas senhoriais, das Quintas e Quintais que proliferavam e proliferam por aquelas bandas entremeadas pelo Mondego e pelo Dão. Do treino do cheiro e do sabor.
Lembro-me com saudade quando, em viagem, trespassávamos o Mondego em Coimbra e da boca dessa mulher, serenamente, saía uma curta mas sentida conjugação: cheguei a casa. Durante anos a fio, ouvia aquelas palavras sem nunca perguntar o que queriam dizer. Eram lá coisas dela.
Comentários
Aquele Abraço
Luís Massa Marcos
Aquele abraço
Rui Moreira Massa
Parabéns por teres tido essa mãe...
Obrigado, a ela, pelo trabalho que realizou contigo!
Forte Abraço!
Mas agora tu recolhes o "testigo" (é que nâo sei a palavra em português) na caminhada e partilhas o teu saber com outros e outras... É a vida, caro!
Abraço