O Bom e o Mau, o Herói e o Vilão, o Melhor e o Pior

Na vida, quando fazemos qualquer coisa, quando temos um projecto em mãos ou outro desiderato, achamos, com todo o direito, que estamos certos. Que o caminho a trilhar ou trilhado é o mais adequado. Não há tempo e espaço para deslumbrar o que se faz noutros lados e de outras maneiras. É uma postura coerente, é certo, mas por vezes encharcada de cegueira, tais são as distâncias entre o que se deseja e o facto. 
A dor, essa maleita, surge quando somos confrontados com a possibilidade de não sermos os melhores ou estarmos literalmente errados. Acontece-me todos os dias. É o baque. Fica-se de rastos, desespera-se, julgamos o mundo injusto, subvertido, cheio de maquinações e repleto negociatas obscuras. Pensamos que o Bem só ganha ao Mal, que o Herói só mata o Vilão, apenas nos filmes.

Ao fim de alguns anos metido nesta vida, peço-vos que não contem à minha mulher, e sempre que falava com certo produtor ou com certo enólogo o que saltava à vista é que o vinho deles era o melhor. O do vizinho não nada tinha a haver. Postura certa, defender o que é nosso. Mas, mas por alguma vez, nem que seja por breves instantes, provaram o do vizinho despido de preconceitos? É que, aqui para nós, também julgo ter o melhor blog do mundo. A maçada é que não é assim. ;)
Será tão dualista a realidade em que vivemos?

Epílogo

O mundo ao que parece está, ainda, em transformação e existe no ar a sensação de que não iremos ficar por aqui.

Comentários