O rótulo é, cada vez mais, componente importante na promoção de um vinho, influenciando ou não a sua escolha. Provavelmente optamos por uns em detrimento de outros por causa do rótulo. Existe sempre qualquer coisa que cativa, que chama pela mão.
Muitos produtores e distribuidores apostam forte neste elemento, buscando aspectos mais ou menos modernos, mais ou estilizados, mais ou menos rebuscados, mais ou menos emotivos. E se no passado a selecção dos temas era mais arrojada, apenas, em vinhos de gama alta, destinados a momentos presumívelmente requintados, agora facilmente se deslumbram curiosas etiquetas em vinhos bem mais prosaicos. Bem mais acessíveis.
E uma das curiosidades deste tinto, vinho de mesa, portanto não datado, que não é mau de todo e que surge de uma parecia entre a Adega Algarvia e o produtor francês Bouchard Pére & Fils, assenta precisamente no rótulo que ostenta. Como se pode reparar trata-se de um label by Tatiana D. Abrantes.
Uma imagem que transmite algum amargor, quiçá, sofrimento. Uma figura humana aparentemente despida, encolhida, com medo. Sinais do tempo.
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