Se os contra-rótulos são, em alguns casos, autênticos tratados de nulidade, de informação pouco clara, de replicagem de lugares comuns ou articulados óbvios, outras vezes, e por causa de pequenos detalhes, levam-nos à compra de determinado vinho. Curiosa contradição.
Em circuito, normalíssimo, feito por entre as prateleiras de uma área comercial, igual a tantas outras, sacou-se um vinho por causa do que se afirmava nas costas do rótulo.
O dito era resultado de uma combinação entre castas (muito) pouco usual. Camarate, Castelão, Tinta Míúda e Preto-Martinho. Se as três primeiras já tinham soado ao ouvido, sobre a última nem um zumbido.
O interesse da coisa, em discussão, poderia encerrar-se aqui mesmo, de qualquer modo e para os interessados em questões do foro mais organoléptico, apraz dizer que estamos perante um vinho de fruta, limpo, sem qualidades ou defeitos evidentes, não sendo notadas notas de diferenciação. Para beber, portanto, sem grandes cuidados.
Posfácio
Outra curiosidade. Sabiam que a Casa Santos Lima foi, até há pouco tempo, proprietária da Casa da Passarela?
Comentários
Sim António, é verdade. Soube, algum tempo, em conversa com o Dr. Alípio, antigo presidente da Câmara de Gouveia.