O contra-rótulo francês

Quando pegamos numa garrafa de vinho procuramos explicações. Mesmo não dando qualquer importância ao que vem  escarrapachado, ficamos mais descansados se lermos meia dúzia de bitates sobre o local de onde vem, as castas que o formam, as barricas que o guardaram, os aromas e sabores que, eventualmente, poderão oferecer. Geralmente estas informações encontram-se no contra-rótulo. Se vieram assinadas por alguém sonante, melhor ainda. Pura paz de espírito.


Ficamos desnorteados quando nada disto surge. Autêntico silêncio. Os franceses, nesta matéria, são peritos. Por cá, alguns mais valiam não dizerem nada.

Comentários

Hugo Mendes disse…
Penso que, quando se pensa num vinho de forma global, como os franceses o fazem, não faz sentido pensar em textos e informações entendidas por apenas uma reduzida franja de consumidores e que não adiciona absolutamente nada ao produto. Depois começas a ver complicações do género texto em duas línguas. Muitas vezes em inglês traduzido (uma língua em que somos peritos).
Ainda ontem sugeri à minha administração que se abandonasse o texto no contrarotulo e se abrisse espaço para QR codes e essas coisas que permitem em menor espaço abrir as protas do munda e da informação altamente complementada.
Pensamos pequenino, é o que é!
Abraço!
És o maior!
Pingus Vinicus disse…
Muito pequeno, mesmo.
Um forte abraço