Está registado e publicado desde há muito, para memória futura, algum desdém, por quem decidiu num ápice abnegar o vinho português. Ele, é agora, líquido chato, normalizado, sem carácter, comum e parecido entre pares. Aplica-se, neste caso, a lógica do oito e do oitenta.
Uns argúem que é o melhor do mundo, outros, pelo contrário, refutam a tese. É do piorio. Criticam-se, ainda, os canais de distribuição, as garrafeiras, o status quo, que apenas permitem o trivial. A obscuridade governa. Não creio que assim seja. Mas adiante.
Caindo na contradição, e sem qualquer pejo pelo que já disse e defendi, apeteceu-me, (porque não?) beber de forma despreocupada tinto de além fronteiras. Poupo-vos, no entanto, prosa sobre produtor, margens ou inclinações, solos e climas. Haverá, por certo, gente com mais engenho e paciência para tal desiderato. O que interessa, para o caso, é reportar-vos meia dúzia de conjugações sobre o objecto em causa.
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