Vidigueira

Por razões várias, e injustificáveis, nunca acompanhei com olhos de ver o vinho alentejano. Soava a facilidade. E como cresci, e vivi, emparelhado sob dois postulados que pouco, ou nada, têm a ver com o Sul, era impedido que visse para além da fronteira. Não serei, no entanto, o único.


Relembrando o primeiro axioma, diria que vinho fino e benefício foram, quase sempre, o mote para discussões eternas.  O segundo centrava-se, apenas, no vinho tinto, velho, e bem amadurecido. O país acabava, portanto, algures no rio Mondego. Para os apaixonados da história, bastará reportar, quiçá, ao século XII.


E como a contradição é, ainda assim, lema pessoal, e numa fase em que as ideias simplesmente escasseiam, proponho, apesar de tudo, um tinto arquitectado com Trincadeira e Aragonês. Alentejano, portanto. Opulento, calmo e pouco dado a complicações. Apto para simplesmente desanuviar a mona.

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