Faz espécie, até ao momento, que nenhum dos fazedores de opinião, de carreira, se tenha lançado na abordagem, na análise, na exploração do universo em que os vinhos de marcas brancas vivem. Parece-me, julgo, que existe matéria suficiente, e em boa quantidade, para trabalhar e acima de tudo esclarecer o consumidor. Há um efectivo esquecimento, propositado ou não, desta realidade. Salva-se o Amândio que regularmente vai dando conta das suas impressões sobre esta matéria.
Este alvarinho, produzido e engarrafado por Anselmo Mendes, é, com toda a certeza pessoal, um óptimo exemplo de que a qualidade não é desprezada nesta linha de produtos.
É perceptível, na colheita de 2011, a panóplia de cheiros e sabores bem conseguidos. Com uma elegância que não se espera e que surpreende. Acresce-se, ainda, o facto do rótulo estar mais bem conseguido que no passado.
Alie-se o preço, menos de quatro euros, e temos os predicados necessários para uma excelente relação qualidade-preço. Provado e aprovado. E sem qualquer acanhamento, da minha parte, aconselho aos amigos e também, vá lá, aos inimigos.
Comentários
Pessoalmente sinto algum preconceito em comprar vinhos de marca branca... todos os que bebi são bons e este é um exemplo. Mas na hora de escolher...
Para fastar o meu sentimento de culpa, penso no seguinte: se comprar outros vinhos estarei a ajudar mais o produtor (muitas vezes pequeno ou médio) e não a Jerónimo Martins (contra quem nada me move, mas que não necessita do meu "carinho").
E assim passei a ter desculpa para não comprar marca branca!
Agora, se este alavarinho é o melhor na sua gama de preço... o caso muda de figura!
Abraço,
Duarte
De qualquer modo, e neste caso, fiquei surpreendido, posso estar errado é claro, com a qualidade que demonstrou.
Um abraço
http://copodesaltoalto.blogspot.pt/2012/03/vinhos-pingo-doce.html