Sexta desejada. Acorda-se na segunda e ambiciona-se, num ápice, pelo sexto dia da semana. A noite, deste dia, é momento talhado para exageros, devaneios, para os enredos a preto e branco. Cortam-se as regras do socialmente correcto e aceitável. Fala-se de tudo. Depois come-se e bebe-se como se o tempo fosse finito. Como se o último suspiro acontecesse logo a seguir. Sucedem-se ou revêm-se, como queiram, múltiplos episódios.
Cidrô tem, em tese, tudo, ou quase, para não ser um vinho escolhido. Por razões impossíveis de justificar, que não consigo, este chardonnay é, com alguma regularidade, bebido e desfrutado. Roçando, deste modo, o disparate e o absurdo.
Copioso, espaventoso e com uma porrada de curvas. E no meio de tanta ebriedade, é capaz de levar qualquer homem, simples no estatuto e na condição, pensar em cousas indevidas. Mas, caramba, é sexta-feira. O pior vem depois. Até lá, temos tempo.
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Saudações
Carlos
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