Ribeiro Santo by Carlos Lucas

Carlos Lucas é personagem que estimula, na bancada enófila, os mais diversos comentários, reacções, estados de espirito. Independentemente do que cada um pensa, ou acha, Carlos Lucas olhou para o vinho e transformou-o num negócio puro e duro. Atacou em várias frentes. Há quem diga que foram demais. Marketing, a diversidade de produtos e de regiões. Combinou, ainda, lotes de vários países.


E transformou a Dão Sul, num motor de promoção de uma região meio obscura, chamada Dão. Dispôs o Colheita Seleccionada, sem qualquer vergonha, ao lado de outros vinhos de grande tirada, como o Monte Velho e o Esteva. O Grão Vasco, esteio nesta gama de vinhos, e por culpa da própria Sogrape, foi relegado para posições menos cimeiras. Foi possível ver um vinho do Dão, de ar cosmopolita, em quase todos os escaparates.


Este Ribeiro Santo, quiçá um dos últimos em que Lucas meteu a mão, é representativo de um estilo, de uma forma de olhar para o mundo sem fronteiras. Moderno, sem ser abastardado. De perfil simbiótico, que agradará tanto a puristas, como a modernistas. Está errado?

Comentários

Anónimo disse…
Caro
Pode não estar errado, muito provavelmente está certo. O vinho vai de encontro Ao que as pessoas procuram e isso também tem muito valor, saber como fazer bem e ganhar dinheiro é uma arte. Aparte disso O vinho em si, que já bebi, é uma desilusão, surprende tanto como uma bica num quiosque é caro e têm tiques exagerados de boa madeira. Por mim é para não repetit.
Cumprimentos
J Freitas
sinnercitizen disse…
"Pingus", fiquei com a sensação que estes vinhos são da propriedade pessoal do Carlos Lucas... acho que estes fugiram da esfera da Dão Sul...
Pingas no Copo disse…
Sinnercitizen, não sabia.