É puro recanto escondido e entremeado por montanhas. Roça, por vezes, o selvagem, o estado puro da terra.
Em redor, o ocre, as giestas, os penhascos e fragas, serpenteados por floresta, marcam fortemente as fronteiras da Quinta da Vegia.
Cheira a intimismo por todos os poros e in loco entende-se melhor a visão dos idealistas deste retalho beirão (e do Dão).
Por cada pisada, surge pela frente um calhau de granito. Em cada olhadela, há um detalhe novo, um aspecto que merece ser guardado na retina.
Lugar de batalha, entre a rudeza da natureza e o engenho do homem, tornam a Quinta da Vegia num lugar singular que merece ser tacteado por quem acha que o vinho vai além do que está no copo, de uma prova cega, ou não, de uma nota de prova.
Beber descontextualizado o fruto de tais cepas é amputar de morte parte do (verdadeiro) prazer enófilo.
É, assumidamente, um espaço para interpretar e ser interpretado.
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