Este post servirá como sintese. Servirá, também, para achincalhar e discutir (se bem que o enopovo continua a preferir fazê-lo às escondidas, nas esquinas e sorreitamente às escuras). A cidadania, infelizmente, não é exercida, salvo raríssimas excepções, pelos w-enófilos, e-enófilos, i-enófilos.
Não creio que a interpretação de um vinho possa ser feita, de forma genuína, sem se conhecer o contexto, o chão e as vides que lhe dão origem. Não creio na explicação descontextualizada de um vinho.
Entender um vinho, dissecá-lo, sentado confortavelmente no meio de uma obscura rua, soa a actividade circense, variando somente no, maior ou menor, grau de habilidade, imaginação ou destreza sensorial.
Somos, todos e sem qualquer excepção, influenciados por comentários, expressões faciais, pela forma como se é tratado, pela simpatia ou enfado com que se é recebido.
Compramos caras, pessoas, história e estórias, terra, cheiros, emoções e vaidade. Concordam? Claro que não.
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Carlos Soares