As palavras que surgem pela frente são decididamente: assombro e admiração. Um vinho que que conheci, simplesmente, por causa das redes sociais, tal era o desconhecimento que possuía de tamanho objecto, acabando por cair sobre ele uma espécie de áurea de produto de culto.
Trata-se de um velho branco Ribatejano, da colheita de 1999, que combina o Arinto, o Fernão Pires e a Trincadeira das Pratas. Um lote bem português, sem qualquer tique estrangeirado.
A combinar com os excelentes petiscos do Solar dos Pintor. |
Cor linda, apaixonante, que prende o olhar de um homem qualquer, ficando hipnotizado ou agarrado tal viciado. Com cheiros e sabores bem amadurecidos pela idade. Vinho para interpretar, desfrutar e sonhar. E por muita volta que dê ao (meu) texto, as palavras estão a sair forçadas e pouco dignas. Custoso.
Foi vinho que desapareceu num ápice, com uma velocidade estonteante, que se houvesse mais, bem mais, seria bebido sem qualquer constrangimento. E é simplesmente, como puderam reparar, vinho nacional e desconhecido. Apraz-me dizer em jeito de saudação: Que viva Portugal!
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ACP