Quando por um motivo qualquer a alma ou espírito não andam bem, ou vivem desorientados, resta-nos alimentar a carne, o corpo. Enchê-lo para lá do limite. Ocupa-se e desgasta-se o corpo. Assim, e por momentos, separamo-nos da alma. A treta, como se sabe, é o após.
Enchi, novamente, o corpo com vinho. Sina. Vinho, esse, que está a viciar, prender-me dia após dia. Se no passado foi o 2001, agora, encharquei-me com o 2003. E valeu por todos os pecados cometidos.
Castiguei-me, ainda mais, com comida de sustento, pesada, sem qualquer requinte, de técnica rude e sem qualquer apuro, digna de gente obscura, de gente sem regras. É meter no tacho e mais nada.
O vinho, o tal, desapareceu da garrafa. E, por momentos, esqueci tudo.
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Uma experiência giríssima foi o ter provado o Quinta de Baixo 1991, porque parecia ainda não estar pronto para beber: uns taninos muito rijos que me faziam pensar se alguma vez evoluiria para a elegância.