Depois de um auto da fé, desdigo e contradigo tudo o que disse, na altura, em praça pública e agora imbuído de enorme vaidade, de peito bem cheio, nada melhor que deixar umas fotos de um vinho enorme. Só para fazer pirraça. Maldita língua solta que sofre do síndrome: falar com o coração na boca.
O rótulo rasgado, naturalmente, dá-lhe um ar de velho, quase relíquia, tornando o momento, sei lá, mais enigmático.
A cor era extraordinariamente brilhante e sedutora. Anestesiante e hiptonizante. Olhem bem. Fixem e retenham-se, por alguns momentos. Bonita, não é?
Do outro lado, da mesma garrafa, a casta e o ano surgem marcados simplesmente a tinta. O prosaísmo remete-nos para qualquer coisa do século XIX, tal é a nudez de menções, de alegorias. Caramba, parece vinho de pirata ou, por que ele merece, vinho de oficial de uma marinha de guerra qualquer.
Comentários
Ricardo
Um abraço
Que cor belíssima! Realmente, hipnotizante (assim como os provocativos rótulos de Touriga Nacional ao fundo...rs).
Abraços,
Flavio
Abraço