Quinta da Bica: Branco de 2011

Hoje, não há muito tempo, fui confrontado com a máxima: o melhor vinho é aquele que nos sabe melhor. Se houve dia em que tal dogma assenta ou assentou, que nem uma luva, foi hoje. Bebi, portanto, o melhor. O resto, perdoem-me os que jogam sistematicamente para o empate, não interessa. O vinho soube bem, muito bem.



Vinho com frescura ampla, vincada e salgada. Vinho que puxava pelos sentidos, que desafiava a imaginação de um homem, que nos apresentava, sem mais nem menos, uma carrada de cheiros e sabores deslocados do habitual. Desconcertante.




Apesar de, por vezes, incompreendido, ele insistia, não desarmava, forçava-me incessantemente a bebê-lo. Há, ou havia, sempre qualquer coisa nova, qualquer coisa que prendia atenção, que se reflectia num sobrolho descaído, num sorriso tímido, mas cheio de felicidade, num olhar para o horizonte.

Post Scriptum: O Vinho foi oferecido pelo Produtor.

Comentários