Tinha prometido. Tinha dito: bebi um vinho da minha terra: da terra mater. E soube por esta vida e por outras que poderei, ou não, ter. Um vinho que deu tudo, que fez tudo. Um vinho que cumpriu a sua função: Colocar-me perto da (minha) tribo.
Copo após copo, o corpo foi amolecendo, adormecendo. Gole após gole, comecei a pairar sobre o mundo, olhando para baixo. Tudo parecia pequeno, minúsculo e tremendamente insignificante.
Aproximava-me dos deuses de outrora, de outras épocas e tempos. Vaguei sem rumo, por entre cumes, montanhas, riachos e florestas que (já) não existem. Tudo se resumia, portanto, a memórias fúteis e a sei lá mais o quê.
E a noite que já caiu, algum tempo, tornou-se a única companheira de viagens e de aventuras. E pensei se o (nosso) trono, lá no Curral do Negro, ainda está desocupado à espera de novo Rei.
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