Terá sido, juntamente com este vinho, uma das coqueluches das feiras de vinho de Fevereiro. Não é normal, julgo, que um vinho da Bairrada e da colheita de 1995, seja colocado na frente de linha. Depois, o mesmo vinho carrega outra curiosidade: as castas que o compõem: Baga, Moreto e Castelão Nacional. Uma trilogia completamente inusitada.
Bacalhau, cebola, tomate, alho e azeite. Comida popular. |
Batatas, cenouras, corguettes e outras coisas mais |
Bacalhau do céu. Sedoso. |
Depois, impressiona ver as garrafas imaculadas, limpas, com os rótulos sem qualquer nódoa, desgaste, sem qualquer indicio que andou ao deus dará. Invólucro brilhante, reluzente e rolha sem sinal de qualquer decadência, sem sintomas de cansaço. É obra, ao mesmo tempo estranho e pouco habitual.
E por esta altura, os incansáveis comedores de devaneios sensoriais, quererão saber, por certo, a minha sábia e inquestionável opinião sobre o vinho, certo? Vinho de noite, vinho de interpretação, vinho de introspecção. Acho que ando a repetir conceitos. Sinais, por certo, de demência...
Vinho que, por si só, mereceria uma tese de mestrado, de doutoramento. Vinho de comida, vinho que precisa de tempo. Dispensa sofreguidões. Não é vinho, certamente, para correrias, para provar e despachar. E não será para todos.
Comentários
Cumprimentos
Bruno Santos
De facto, este vinho parece ter sido engarrafado e rotulado há pouco tempo.
Cumprimentos
Parabéns.
abs,
Flavio
Abraço