Sinto-me obrigado a dizer qualquer coisa, mas na verdade não sei o que dizer. Acho que ao dizer qualquer coisa sobre o vinho ou sobre o homem, vai soar a pedantismo, a lugar comum, a subserviência bacoca. Tal figura e vinho não necessitam e nem merecem. Na verdade, não precisam de qualquer elogio da minha parte. Ele é, o referido elogio, dispensável.
Por isso, antes de avançar com mais asneiras, com mais tiradas provincianas, basta-me dizer o seguinte: O vinho é bom. O vinho é muito bom. O vinho é fresco. O vinho soube bem. O vinho soube muito bem. O vinho está carregado de elegância, de complexidade. E, caramba, custa menos de dez euros. E a garrafa, como deverão desconfiar, acabou por ficar cheia de ar o que, por si só, é revelador da qualidade do vinho. E tenho dito.
Post Scriptum: Peço que não olhem para o que está em segundo plano. Todo o cenário é parco em cores, prosaico e reporta para os idos anos 70 do século passado. Basicamente uma mesa, de refeição, comum a tantas outras. Sem grandes luxos, sem grandes cuidados.
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