Lá fora, começou a chover. Novamente. Este ano, em jeito de compensação, tem caído mais água que no ano passado. Dizem, agora, que é demais e que vai estragar o que há e o que não há.
Hoje, contrariando o passado recente, apetece-me escrever, palrar, meter conversa, dizer disparates, tolices, entreter-vos, tentando animar, mais uma vez, a comunidade, que anda dormente. Mas, infelizmente e apesar da férrea vontade, não tenho grande assunto para vos trazer. Na verdade, parece-me que não tenho nada para falar. E com este vai não vai, diz que não diz, vejo-me embrenhado por entre um rendilhado discursivo que ninguém, por certo, entenderá.
E hoje, até gostava que cada palavra largada, por mim, emocionasse, cativasse, porque o vinho que tenho em mãos assim o merece. Merece que se diga muito, que se fale muito, que se escreva sei lá mais o quê. Mas não consigo: risco, rabisco, escrevo e reescrevo. Detenho-me, por isso, a olhar para o rótulo e para o nome: hexágono e que é, por sinal, regular. Em cada lado do polígono aparece uma casta. São seis.
E olhando para cima, vejo que nada saiu com interesse. Maldita condição humana que embaralha mais do que desembaralha. Opto, apenas, por bebericar, por beber, por desfrutar até que a garrafa esvazie e volte, no fim, a olhar lá para fora. Deverá estar, ainda, a chover...
Post Scriptum: O Vinho foi oferecido pelo Produtor.
Post Scriptum: O Vinho foi oferecido pelo Produtor.
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