Casa da Passarella: O Brazileiro

Quem diz que a aparência não conta, anda terrívelmente enganado. Quem diz que a história não conta, não tem passado, não tem presente e dificilmente terá algum futuro. Divirto-me com aqueles que colocam de lado todo o enfoque emocional, todos aqueles pormenores que, segundo algumas correntes, devem ser relevados para segundo plano. 



Defendo, como é sabido, literalmente outra perspectiva: somos carne, somos sentimentos. Devemos amar, devemos odiar, devemos dizer que sim e que não. E devemos dizê-lo sem qualquer preconceito, sem qualquer constrangimento. Ganharemos credibilidade. 



A tomada de posição ou de posições, por muito que custe, encerra um cardápio de riscos que a maioria não quer assumir. Como tal, anda tudo ao molho, dando um encosto aqui, outro acolá. E aqui entre nós, admiro quem coloca preto no branco o que pensa e como pensa. Tem peito, tem estatura, tem verticalidade.


E chegados ao final, cumpre-me o dever público de afirmar que este rosado é um vinho tenso e intenso. Amplamente fresco e cristalino. Entra e penetra por entre a boca de forma vincada, refrescando o corpo e, se necessário, limpando a alma. E por que a nova semana já começou, vou regressar ao vinho, companhia do momento, e aos meus fatídicos pensamentos.

Post Scriptum: O Vinho foi oferecido pelo Produtor.

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