Enquanto há vinhos que ostentam epítetos sem o merecerem, existem outros, em contrapartida, que não os apresentam, mas que mereciam.
Apesar da repetição do discurso, este vinho merecia, e merece, pertencer à categoria dos reservas, dos especiais, dos diferentes.
Fica-se surpreendido, eu fico, quando se abre uma garrafa de vinho que custa menos de três euros e meio, e é-se confrontado com um conjunto de sensações que nos transportam para patamares mais elevados.
Um vinho com nervo, com acentuado carácter, que cheira a Bairrada, que aponta para outros caminhos. Um vinho que evolui no copo e que evoluirá na garrafa. Um vinho que é reserva, vintage, o que queiram. E posto isto, vou regressar a ele, pois está aqui mesmo à minha frente.
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