Ainda sob o efeito do #whiteday, ainda sob o efeito da dependência excessiva que tenho sobre a região, envolvi-me, isso mesmo, com outro vinho branco, feito, construído, desenhado a partir da casta encruzado. Um vinho que, também, não conhecia. Um vinho que urgia conhecer, interpretar, perceber, entender e fatalmente beber. Destino de todos os vinhos. E desgraçados daqueles que não conseguem cumprir o seu desiderato final. Algo não correu (ou corre) bem.
Um vinho que acompanhou-me durante, imaginem, três dias. Vinho que foi evoluindo, melhorando, quebrando amarras, libertando ideias, soltando cheiros e aromas. Aqui e além, parecia dizer que ainda estaria novo, muito novo, talvez demasiado jovem. Mas melhorou muito, veja-se lá, ao terceiro dia. Gostei da sua dureza, da sua austeridade, do seu poder, da sua força. Talvez porque, durante esses dias, precisasse de uma âncora, de um suporte, de um apoio.
Foi, ainda, vinho que acompanhou comida, de qualquer género, que acompanhou pensamentos, actos e omissões. E foi sendo bebido, até à derradeira gota, até não restar qualquer réstia da sua presença. No fim, olhei para ele sorri com ar de satisfação. Valha-nos isso...
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