São dois vinhos que marcaram um período. Duas castas que fizeram (ainda fazem?) dueto na altura. Dois vinhos que, passados catorze e treze anos respectivamente, surgiram no copo cheios de vida, irrequietos, a dizer que estão aí para as curvas. Dois vinhos que basicamente surpreenderam ou se calhar não. Não sei.
Para os interessados, para aqueles que gostam de saber o que se achou, poderei dizer-vos, sem grandes trolarós, que um (Quinta do Cabriz) apresentava-se intenso, com nervo e músculo, enquanto o outro (Quinta dos Roques) alinhava, antes, pela sensualidade, pela envolvência, pelo carácter mais critino e perfumado.
Mas independentemente de estilos, gostos ou inclinações, foram só mais dois vinhos brancos do Dão, de respeitável idade, que mostraram como é que é. Quanto ao resto, não interessa. Que se bebam.
Comentários
Se ha casta branca que os lavradores do Dão apreciam, é o Borrado das Moscas.