Poderá parecer-vos soberba, arrogância, altivez, o que vocês acharem mais adequado à ocasião, mas já lá vai o tempo das meias palavras e do ai e tal. É ou não é. É facto público que me irrita a constante delicadeza de palavras, de opinião, que acontece nesta realidade onde todos convivemos. Mas adiante, que é tema saturado e não apetece repisar chão pisado.
Tudo isto para dizer que são raros os momentos em que provo um vinho e fico verdadeiramente surpreendido (é isso mesmo). E, por isso, tenho que dizer, sem qualquer vergonha, medo ou receio ou cuidado de linguagem, que fiquei de queixo caído com este Garrafeira. Um vinho com uma ligeireza estonteante, bem focado, com uma simplicidade que parece ser, infelizmente, facto raro. Um vinho que, perdoem-me a insistência, se consome sem consumir a paciência.
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