O que devo dizer sobre o vinho que ainda não foi dito? Circundo palavras sobre o dito, procurando qualquer coisa que não foi talhada, dita e ditada. De tudo o que li, ouvi, suspeitei e interpretei, salta à vista certa desconfiança sobre o vinho. Ou por um motivo ou por outro motivo, o que fica é apenas um certo melindre. Depois não entendo a demasiada cautela que os autores têm em falar sobre ele, em discuti-lo, em divulgá-lo. Tudo parece passar-se no segredo dos deuses. Porquê e para quê?
Apetece dizer que ambas as barricadas olham-se sob suspeita. Para mim, sem qualquer necessidade, porque o vinho merece que se fale, que se beba e que se aprecie. É, acima de tudo, um belo vinho branco. Um vinho repleto de finura e elegância, com uma souplesse que marca. Um vinho que sai da Quinta do Corujão, daquelas vinhas que agora, e de um momento para o outro, todos lembram e conhecem como a palma da mão.
Pessoalmente, e é o que interessa para o caso, trata-se de um vinho branco que gostei, que bebi, que soube pela vida ao ponto de ter repetido mais que uma vez. O fim, esse, foi o mesmo, mas o que importa foi a enorme alegria com que se ficou. O resto passa ao lado.
Comentários
No entanto, tenho a sensação, minha apenas, que podia ser feito mais, e perdoe-me a ligeireza das palavras, pela divulgação do MOB e do vosso projecto pelo qual dedico especial atenção, porque tenho raízes na zona e por onde, sempre que posso, ando.
Um abraço Rui