Quando se passa um dia em casa de alguém que é dono e senhor de um conjunto de predicados, é difícil escolher o que dizer, apontar aquele ou outro aspecto de maior relevância. Parece-me, sempre me pareceu, tarefa hérculeana, resultando, na maior parte das vezes, em algo massudo. Resta, portanto, o outro lado: o lado de meter pirraça, dizer eu estive lá.
Durante um final de tarde e uma noite, tomou-se o pulso, sob a batuta do mentor do projecto, a um conjunto de vinhos com a chancela Quinta dos Roques/Quinta das Maias. A cada gole, uma explicação, uma palavra sobre que se ali tinha à frente: porque aquele vinho era assim e não de outro modo, como foi a colheita, a vindima. Basicamente uma aula, em que professor fala e alunos ouvem. Pelo menos, assim se espera.
Entre uns e outros, entre colheitas com alguns anos em cima e outras bem jovens, ainda imberbes, a ideia que ficou é que continuamos perante um produtor que transpira saúde, que mantém acesa a mesma alma, o mesmo caminho traçado desde os primórdios da fundação. Apenas, parece-me, que foi ajustando aqui e além alguns pormenores.
Incontornáveis os Jaen, os Encruzados, incontornáveis outros tantos. Alguns deles, até, perfeitos desconhecidos até ao momento. Perdoem-me.
E, em jeito de remate, cimento a convicção que foi uma grotesca estupidez o afastamento a que votei durante algum tempo estes vinhos.
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