Em quatro décadas, muita coisa aconteceu. Podemos dizer que durante quarenta anos, largámos uma vida semi-primitiva, subdesenvolvida, ainda com (muitos) laivos de medievalismo enraizados na sociedade ocidental-lusitana.
Durante quarenta anos, passámos todos, os vivos e os mortos, por inúmeras esperanças e desesperanças, por sonhos e desilusões, por alegrias e tristezas. Andámos, a maior parte das vezes, atrás de uma cenoura que nunca comemos e dificilmente comeremos. A cenoura que, agora, está cada vez mais tísica, mais engelhada.
Ao longo de quarenta anos, muito vinho foi bebido e muito homem andou ébrio pelas mais diversas razões. Ébrio de ilusões.
Comentários
Belo vinho e texto, Pingus!
Abraços,
Flavio