Dores Simões e a Irrepetibilidade do Momento

Ainda às voltas com as reminiscências do passado. Estou quase no fim da linha, quase a encerrar o livro de memórias. Os momentos foram únicos, foram irrepetíveis. Este vinho, este mesmo, encerra no seu âmago a definição de perfeito, de maior, de algo que muito dificilmente se conseguirá escalpelizar. 



Devo dizer que seria, no mínimo, curioso ler e ouvir uma qualquer descrição sobre o que poderá saber e cheirar. Quem o fizer, ou fez, tem a minha admiração. Admiração pelo tempo que perdeu em tamanha tarefa. Admiração por ter tido a veleidade e o arrojo de tornar possível o impossível e ter perdido o essencial: o desfrute, o prazer. Ter deixado fugir o silêncio e a companhia, porque há coisas que são irrepetíveis. Por muito que se tente, não se voltam a ter. E a recordação, meus caros, vale mais que simples e inócuas palavras. Sente-se.

Comentários

sinnercitizen disse…
caro Pingus, no que toca a este produtor, concordo consigo. O de 94 deu cabo de mim e o de 95 foi tão bom que recusei fazer uma análise para o meu pseudo-blog. Há coisas que ficam só para nós. Este exemp+lar, de 1990, nunca tive o prazer. Mas acreditar no que provei dos irmãos mais novos, deve estar naquele plano muito especial...