Tem sido por causa de alguns vinhos que criei, estabeleci laços de cordialidade, de franqueza, de cumplicidade com algumas pessoas, com alguns produtores e enólogos. O vinho, esse, a partir de determinada altura deixou de desempenhar o papel principal. Deixou de ser o elo de ligação, passou a ser, apenas e apenas, algo perfeitamente dispensável, algo que podia ser colocado num plano subalterno.
E passados onze anos, é um vinho que mostrou força, complexidade, profundidade em aromas e sabores. Um vinho que mostrou classe, sobriedade que me deixaram impressionado. |
Em sentido oposto e curiosamente foram as pessoas, os indivíduos que me afastaram de alguns vinhos. Bloquearam a capacidade, a vontade em prová-los, em simplesmente bebê-los. Na verdade, alguns ainda os tenho. Estão lá, num canto, no seu lugar junto aos outros, até que emerja ou desapareça da frente, um dia, o facto ou os factos que vedaram a vontade. Eles, os vinhos, não têm culpa, mas eu também não tenho.
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