Os montes. Gosto de montes, dos vales, das serras. Apaixono-me, amor eterno, com as vistas que a vista alcança. Gosto da rudeza, da simplicidade complicada da rocha, do granito, da fraga. Gosto de do frio que bate nas ventas. Vento que enrija a carne, torna-a seca, dura e resistente. O corpo, esse, parece ganhar forças, fica cheio de alma. Capaz do incapaz.
Gosto de estar, simplesmente estar. Estar, sem pensar, sem enredar. Gosto da franqueza dos montes, dos vales, das serras. São o que são. Estar a olhar para além, imaginar o que há ou haverá lá atrás dos montes. Imagina-se...
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