O Branco: Flor das Maias

Assumidamente uma opinião parcial, tendenciosa e sem qualquer intuito, portanto, em esconder o que penso e como penso. Um estado que aprecio e que me deixa confortável. Na verdade, alegar independência é enredo para uma novela de cordel. Ninguém a tem e admiro, mesmo não concordando, quem demonstra e ou assuma a falta dessa qualidade. 


Feito o prelúdio, e sem qualquer cuidado, mais uma vez, nas palavras que escolhi para o efeito, devo dizer que este vinho branco encerra, dentro de si, um enorme potencial. Com o objectivo de ser um vinho de topo, mostra já uma complexidade, uma finura de trato muito assinalável. Apesar de não ser esmagador, não é esse o objectivo, são profundos e intensos os sabores e aromas. A sua evolução no copo é marcante e curiosamente mostra-se mais interessante, mais cativante com a temperatura mais alta. Sinal, quiçá, da sua personalidade. É um grande vinho branco do Dão.


Posto isto tudo, será escusado dizer que vem de um local que conheço, de uma terra e região que me diz muito e por isso é forte a carga emocional. Um vinho, portanto, de paixão e como tal foi bebido de forma exacerbada, intensa e fogosa. De outra forma, e ao coberto da tal seriedade e independência, perdia toda a graça e interesse.

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