O prazer de beber um vinho branco com (alguma) idade proporciona, a quem gosta, um conjunto de sensações irrepetíveis. A idade cimenta a complexidade, potencia a descoberta de estímulos que vão para além do trivial, do imediato, do que está ali à mão de semear. Da normalidade.
É preciso ter paciência, tempo e disponibilidade para desfrutar, entender o que um vinho branco adulto, amadurecido pela idade, tem para oferecer. Não se compadece com impulsos juvenis e inconsequentes, que morrem assim que o interesse deixa de ter interesse. Há que ir mais longe e largar o que é supérfluo. Como na vida, ficam registadas as memórias do que foi difícil, não do que foi fácil.
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Cardoso