1985

1985 foi um dos melhores anos da minha vida. Da minha vida juvenil, júnior. Consegui conciliar os bons resultados académicos com jogadas casanovianas que começaram a ocupar, a partir dessa altura, algum do tempo disponível. É certo que a maior parte das jogadas não davam em nada. Eram muito pouco profícuas e quase sempre desastradas. Ainda por cima, as paixonetas, as minhas e dos meus colegas, recaiam sempre sobre as jovens mais pretendidas, um pouco mais velhas e que faziam lembrar aquelas pin-up americanas. Faziam os deleites da rapaziada daquela altura.

Elegante e fresco. Para entreter.
Naturalmente as atenções de tais moçoilas não recaíam sobre jovens com penugem no buço, com erupções cutâneas, ainda com tiques de nerds, que tentavam largar a todo o custo.


Do outro lado, tínhamos as miúdas marronas, vestidas de forma colegial, que só mais tarde compreendemos a utilidade tal indumentária,  com golas e óculos de largo diâmetro e com borbulhas mais ou menos activas. Pioravam, ainda, quando esborratavam os seus lábios ou as suas sobrancelhas. Naturalmente fugíamos delas. Algumas, bem mais tarde, transfiguram-se em mulheres extremamente interessantes. Mas quem iria adivinhar?

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