Os cordeiros correm sem sentido. Ouvem-se apenas os chocalhos em uníssono. Todos atrás de todos, sem saírem do trilho, comendo nas mesmas pastagens. De um lado para o outro, bem juntos, nenhum sai do lugar, com medo que lhe comam a melhor erva, a mais fresca, a mais suculenta.
Os cordeiros lá andam, todos atrás uns dos outros, impávidos e serenos. A vida corre-lhes bem, desde que não se afastem do rebanho. Vivem na esperança que alguma coisa, mais tarde ou mais cedo, lhes caia em sorte. Aos que, por uma razão ou por outra, se desviam do grupo, o cão acaba por encaminhá-los para o lugar devido. Aos que insistem procurar por outras pastagens, são deixados para trás. Davam muito trabalho e já criavam mau ambiente na comunidade.
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