Na dimensão das minhas emoções, da minha profunda irrazoabilidade, das enormes incoerências que carrego às costas, o primeiro continua a ser o mais marcante. Marcante pelos momentos felizes, pelas reacções que provocou, por ter sido, na altura, o primeiro.
Naturalmente e por razões compreensíveis os holofotes e as atenções estão apontadas para as novidades, para o que é mais recente, para o que é mais actual. Mas eu, alimentando pela casmurrice, teimo em relembrar aquele que insiste em continuar a despoletar reacções, estímulos. O quer que seja. É, ainda é, um belo vinho, que se mostra cada vez mais elegante, mais fino. Um vinho que marcou um tempo. Uma época.
E por entre copos e mais copos, percebe-se que um ciclo se fechou e que outros irão surgir, que a vida continuará por outros caminhos. E com um sorriso discreto, foi-se cerrando os olhos.
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