Assim que terminar a primeira frase da homilia, posso assegurar que já bebi três quartos da garrafa que ilustra a coisa de hoje. Fica feito o aviso.
Hoje andei horas para saber o que havia de beber. Não queria provar, queria beber bem e até ao fim, até adormecer num estado de felicidade instantâneo e fugaz, mas necessário.
Tinha andado sozinho, uma norma, por isso achei que devia beber do melhor que tinha, daquilo que achasse que tivesse a dignidade para me fazer companhia. Não podia ser qualquer coisa. Não podia e não devia! No fundo, tinha na mona uma ideia sobre o que havia de escolher. Ao fim e ao cabo, tudo estava já predestinado. Logo, este ramerrame só serve para encher.
Tinha andado sozinho, uma norma, por isso achei que devia beber do melhor que tinha, daquilo que achasse que tivesse a dignidade para me fazer companhia. Não podia ser qualquer coisa. Não podia e não devia! No fundo, tinha na mona uma ideia sobre o que havia de escolher. Ao fim e ao cabo, tudo estava já predestinado. Logo, este ramerrame só serve para encher.
E quase acabar a garrafa, tenho que dizer que isto é um vinho que não tem qualquer nesga de merdas em excesso. Que é, vejam lá, vinho! Fresco, profundo, intenso, perfumado, profundamente personalizado. É, ups, um grande vinho, mas não é para qualquer um. Nem para mim.
Um vinho feito por dois putos que parecem ter ideias bem definidas e bem focalizadas. Um vinho que tem a impressão digital de uma zona que fica lá nos confins do mundo. Mas eles estão lá.
Um vinho feito por dois putos que parecem ter ideias bem definidas e bem focalizadas. Um vinho que tem a impressão digital de uma zona que fica lá nos confins do mundo. Mas eles estão lá.
Antes de ir, será escusado dizer que conheço os rapazes. Sabem que não escondo as minhas ligações, nem por detrás de uma independência que nunca tive e nunca terei. O resto, que anda pelo meio, são entreténs que uso para distrair. Alguns acabam por cair neles. A garrafa, essa, está vazia neste momento.
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