Talvez seja resultado de alguma saturação, não sei, mas está complicado ficar (verdadeiramente) surpreendido, com a maior parte dos vinhos portugueses que vou bebendo. São bons, é certo, mas parece-me que existe sempre qualquer coisa que lhes falta. Não sei o que é, assumo! Parecem que são mais do mesmo. Vai-se de norte a sul, do litoral para o interior, e a receita parece ser semelhante. E não há região que se safe. Ainda são poucos, muito poucos, os que arriscam criar qualquer coisa diferente. Nem que seja só um poucochinho. Não é preciso muito, só um poucochinho.
Vá lá, surpreendam-me, por favor! Dêem-me pistas, mas não me apontem lugares comuns. É que estou a afunilar cada vez mais as minhas escolhas, a reduzir o número de produtores que desejo revisitar. Está a ficar deveras preocupante. Vá lá, surpreendam-me.
Vá lá, surpreendam-me, por favor! Dêem-me pistas, mas não me apontem lugares comuns. É que estou a afunilar cada vez mais as minhas escolhas, a reduzir o número de produtores que desejo revisitar. Está a ficar deveras preocupante. Vá lá, surpreendam-me.
Comentários
Depois li-te e percebi que a surpresa que procuravas era a da desigualdade que não a da originalidade. Estou contigo. Os vinhos portugueses parece que estão a passar por um processo igual ao dos automóveis com o túnel de vento (de onde todos saem muito parecidos graças à ditadura do cx): são redondinhos, à medida do "gosto" do consumidor, parecem o país do Salazar, pobrezinho mas honrado.
Olha, a Mortágua é que podia inventar um imposto para eles.