Depois da época da pesca, do mexilhão, das vindimas, da caça, dos míscaros, da azeitona, disto e daquilo, temos aí, cada vez mais forte e enraizada, a época dos prémios. E há prémios para todos os gostos, feitios, tendências, pesos, alturas e larguras. Prémios para os mais feios e para os mais bonitos. Para os novos e para os velhos. Prémios feitos à medida ou standard. As categorias são imensas. Vão desde as mais prosaicas até às mais estapafúrdias. O leque é, portanto, muito abrangente. Depois não há entidade que não atribua prémios a alguma coisa, por muito absurda que seja essa coisa. E se não atribui, vai atribuir no futuro.
Atrevo-me a dizer, descontando os prémios que vêm de lá de fora, que seremos a comunidade que mais prémios atribui e recebe per capita. Devemos, portanto, ficar inchados de orgulho, pois só quer dizer uma coisa: somos mesmo muito bons.
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