Pois é meus caros amigos, são estes vinhos que ainda vão mostrando que nem tudo estará perdido. Que ainda é possível, quando menos esperamos, apanhar com qualquer coisa que nos deixa de queixo caído a todos os níveis. Um vinho branco que desde a primeira abordagem, quase sempre fugaz, mostrou que não estava ali à minha frente para fazer número, para ser apenas mais um. Para ser bebido e esquecido. Estava ali para mais qualquer coisa. Estava ali para marcar posição. Para nos deixar calados. Para se impor e dominar.
Um branco que apresentou, nas mais diversas dimensões, um conjunto de qualidades que não estava à espera, assumo, num vinho do CEVD (Centro de Estudos Vitivinícolas do Dão) da era moderna. Estava longe de imaginar que conseguisse dignificar de forma inequívoca a história deste laboratório de vinhos do Dão. Usando de toda a minha soberba, atrevo-me a dizer que este vinho mete na gaveta uma porrada de vinhos bem mais bonitos, feitos por esse Portugal fora. Um grande vinho branco do Dão e do país. Foi decididamente um dos momentos altos na minha longa vida de copos. Faccioso? Sim. Tenho dito.
Comentários
Fiquei curioso. Pode-se comprar? Onde?
Abraço,
Francisco
Um abraço e obrigado pelo comentário.