Epá malta, digam-me lá uma coisa. Não têm notado uma quantidade fora do normal de vinhos com classificações a rondar a excelência? Será impressão minha? Exagero meu? Ou é mesmo verdade?
É raro o dia que não me aparece pela frente um vinho que não tenha uma classificação entre os dezassete (17) e os dezoito e meio (18,5). Cheguei a pensar o que se está a passar? Podem dar aí uma ajudinha para eu perceber tim por tim ao que se deve este inusitado fenómeno?
A ser verdade, tenho que partilhar com vocês que não fazia a mínima ideia que tínhamos assim tantos vinhos com tão grande gabarito. É caso para dizer que ando mesmo a leste de tudo. De cabecinha no ar.
Comentários
até à poucos anos atrás a crítica portuguesa tinha um problema que era a inacessibilidade a vinhos estrangeiros e portanto a sua bitola tinha que ser cuidadosamente mantida baixa, não fosse alguém perceber que a bitola da crítica era o seu quintal e pouco mais. Agora, e felizmente, já todos temos acesso a vinhos estrangeiros, alguns dos bons vinhos estrangeiros já cá chegam e penso ser essa a razão da subida da fasquia. Já temos a certeza que a qualidade dos vinhos portugueses se equivale à qualidade de alguns dos seus pares internacionais...
Parece que dar menos de 14 a um vinho é uma ofensa para os produtores e enólogos. E como as revistas e críticos dependem dos produtores e enólogos...
Já nem ligo, para te dizer a verdade.
http://www.wineanorak.com/wineblog/videos/the-100-point-rating-scale-for-wine-5-things-you-need-to-know
A existência de blogs, sites não comerciais e até perfis em redes sociais que, gratuitamente e sem "strings attached" fazer crítica a vinhos acabarão por vingar mais que o restante.