Na continuação do que já sabemos sobre as mudanças na RV (Revista de Vinhos) e em jeito de balanço pessoal, noto que ao fim destes anos não houve a capacidade para criar qualquer coisa à séria, nos moldes que quisermos, online ou papel, com a força e o engenho para ser efectivamente um contrapoder. Uma verdadeira alternativa ao domínio avassalador da RV. Uns poderão ficar contentes, é normal, outros nem tanto. Uma das razões poderá estar relacionada com a dificuldade do mercado em absorver e sustentar vários projectos, dando-lhes verdadeiro significado e importância. Dito de outra forma, o número de potenciais leitores é, creio, um nicho dentro de um nicho. E os patrocinadores não são ilimitados. É um nichozinho, onde um conjunto indivíduos circula nos mesmos espaços, quase em circuito fechado. Sejamos francos, a maior parte da malta, vulgo consumidores, não quer saber disto. Os interessados estão no outro lado: profissionais do vinho (produtores, enólogos, distribuição, agências de comunicação ...).
A falta de outras opções válidas no meio editorial, tem sido umas das maiores lacunas na crítica de vinhos em PT. O que surge, na minha opinião, corrijam-me se estiver errado, não é mais, na maioria dos casos, que uma reprodução do que a RV faz ou fazia, com todos os seus defeitos e virtudes.
As alternativas carecem, na maior parte das vezes, de artigos e reportagens assertivas e reflexivas, que espicacem o leitor interessado ou o industrial do vinho (no sentido lato). Carecem de inovação (não me venham falar de imagem). Acabam, infelizmente, por enredar-se num modelo que não é o deles. Na sua maioria emitem opiniões equilibristas, fracas de conduto, que têm como intuito cativar, indo cair muitas vezes na avaliação alta. Tentam credibilizar-se, parece-me, através da atribuição de prémios. Nada contra, até entendo, mas parece-me muito pouco para quem ambiciona posicionar-se como real alternativa. Quem fica a perder é a pluralidade. Coisa de menor monta. Mas provem-me que estou completamente enganado.
As alternativas carecem, na maior parte das vezes, de artigos e reportagens assertivas e reflexivas, que espicacem o leitor interessado ou o industrial do vinho (no sentido lato). Carecem de inovação (não me venham falar de imagem). Acabam, infelizmente, por enredar-se num modelo que não é o deles. Na sua maioria emitem opiniões equilibristas, fracas de conduto, que têm como intuito cativar, indo cair muitas vezes na avaliação alta. Tentam credibilizar-se, parece-me, através da atribuição de prémios. Nada contra, até entendo, mas parece-me muito pouco para quem ambiciona posicionar-se como real alternativa. Quem fica a perder é a pluralidade. Coisa de menor monta. Mas provem-me que estou completamente enganado.
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