Quase que apetece fazer um paralelismo entre o fim do BES e a RV. Inesperadamente, para a maioria dos comuns dos mortais, a Revista de Vinhos tal como a conhecemos é capaz de ter morrido. Só não sabemos se foi de morte matada ou de morte morrida. Sobrará, pelos vistos, apenas o nome. E um nome que poderá não ter força suficiente, por si só, para manter toda aquela influência que foi cimentando ao longo dos anos. Provavelmente ficará como a Revista Má. Uma memória do passado, em que era a dona disto tudo, em que ditava as regras no topo da pirâmide do negócio do vinho em Portugal. Trabalharam para isso e como tal há-que reconhecer o mérito. No futuro será outra coisa qualquer, eventualmente com muito menos valor. A ver vamos.
No meio destes acontecimentos, fica-se com a ideia que a equipa que fazia parte da Revista de Vinhos irá (já está) lançar mãos à obra na construção de um novo projecto. E como estamos ainda no começo (presumo), desejo (posso pedir?) que o novo projecto, seja ele qual for, consiga ser mais irreverente, mais provocador, menos institucional. Que os projectistas não se fiquem apenas pela reprodução de um modelo que já conhecem, que já dominam e que lhes dá conforto. Se vão mudar, se vão começar com algo novo, que nos ofereçam, vá lá, qualquer coisa um pouco mais diferente, ainda mais estimulante, com mais novidades. Que os autores saltem cá para fora, que falem com o povo, sem preconceitos, sem estigmas e sem barreiras anti-choque. Acreditem que a malta iria gostar. De resto, cá estaremos para ler, comentar, concordar, discordar. Aguardemos por The Next Big Thing. Entretanto, votos de sucesso na nova demanda.
Comentários
Percebi que o João Geirinhas saiu. Mas saiu mais gente?
Boas provas!
Chapim
Um abraço
Votos de sucesso ao novo projeto então!
Um abraço
Chapim
Abraço
Chapim